Artesp e Rede Voa recorre ao TJ contra o tombamento do Aeroclube de Marília

A agência alega que não foi intimada a se manifestar antes da decisão da Justiça Local
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  O  prefeito  Vinícius  camarinha  (PSDB)  está  disposto  a  assumir  a  gestão  do  aeroporto  de  Marília,  numa  declaração  feita  nesta  quinta-feira  (4),  caso  não  haja  avanço  nas  negociações  entre  a  Concessionaria  Voa  e  o  Aeroclube  de  Marília.
  Vinícius  afirmou:  “Pode  passar  para  o  município  de  Marília  que  a  gente  toca  o  aeroporto”.  A  declaração  foi  feita  em  meio  à  disputa  judicial  entre  a  Rede  Voa  e  o  Aeroclube  de  Marília,  que  obteve  decisão  favorável  a  Lei  municipal  que  tombou  o  aeroclube  da  cidade  como  patrimônio  histórico  de  Marília.
  Reuniões  já  foram  realizadas  com  ambas  as  partes,  segundo  o  prefeito,  para  intermediar  uma  solução  que  permita  os  investimentos  na  concessão  do  aeroporto.
  Os  contrapontos  é  que  a  prefeitura  tem  100%  de  suas  receitas  comprometidas  com  Educação,  Saúde  e  o  pagamento  dos  servidores  e  fornecedores  que  são  compromissos  legais.
  O  aeroporto  pertence  ao  Estado  de  São  Paulo  e  está  concedido  à  Rede  voa.  Para  que  o  município  assuma,  seria  necessário  o  fim  ou  alteração  do  contrato,  por  meio  de  rescisão,  caducidade,  encampação  (retomada  pelo  Estado  mediante  indenização),  subconcessão  autorizada  ou  término  natural  da  concessão.
  Os  obstáculos  práticos  envolvem  eventual  indenização  à  Concessionária,  comprovação  da  capacidade  técnica  e  financeira  do  município  e  aprovação  política  em  instâncias  estadual  e  Municipal.
  O  aeroporto  de  Marília,  foi  fundado  em  1938,  e  esteve  sob  responsabilidade  do  Estado  por  décadas  até  ser  concedido  à  Rede  Voa,  em  2022.  Diante  de  tais  obstáculos,  será  que  o  município  teria  recursos  financeiro  para  manter  as  operações  do  aeroporto  “Frank  Miloye  Milenkovich”,  como  afirmou  o  prefeito  Vinícius?!
   Em  um  novo  episódio  em  relação  a  Lei  votada  pela  Câmara  de  Marília  que  determinou  o  tombamento  do  Aeroclube  da  cidade,  foi  contestada  pela  Artesp  (Agência  de  Transporte  de  São  Paulo),  por  meio  da  Procuradoria - Geral  do  Estado  de  São  Paulo,  apresentado  recurso  ao  Tribunal  de  Justiça  (TJ)   que  não  havia  sido  consultada  em  relação  a  aplicação  da  lei  de  tombamento  do  Aeroclube  local.
   Diante  desse  fato,  a  Procuradoria  pede  que  o  tribunal  reconheça  a  nulidade  e  assegure  a  oportunidade  de  manifestação  da  agência  no  processo.
   Além  da  Artesp,  a  Rede  Voa,  concessionária  do  aeroporto  de  Marília,  também  recorreu  ao  TJ  contra  a  mesma  Lei  Complementar n° 1.046/2024  que  determinou  o  tombamento  do  aeroclube,  alegando  que  o  tombamento  compromete  os  investimentos  previstos  no  contrato  de concessão  do  aeródromo  da  cidade.
   O  documento  argumenta  que  houve  falha  processual.   Portanto,  aguardamos  os  próximos  capítulos  em  relação  aos  processos  encaminhados  ao  Tribunal  de  Justiça.

 
   Por Rede de Notícias | Mendes Junior