Corte de gastos no governo põe Forças Armadas em 'estado vegetativo'

Militares relatam falta de dinheiro até para pagarem as contas de água e de luz dos quartéis
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  Militares  brasileiros  afirmam  que  as  forças  estão  chegando  a  um  “estado  vegetativo”  e  entrando  em  um  “modo  hibernação”.  Eles  narram,  por  exemplo,  que  já  estão  perto  de  não  conseguir  arcar  com  as  contas  de  água  e  de  luz  para  o  funcionamento  dos  quartéis.
  Além  disso,  ministros  do  governo  já  foram  alertados  que  está  acabando  até  o  combustível  para  as  aeronaves  da  Força  Aérea  Brasileira  que  conduzem  as  autoridades  nacionais.
  A  cúpula  das  Força  Armadas  tem  traçado  um  cenário  alarmante  após  o  novo  corte  imposto  pelo  governo  para  conseguir  fechar  as  contas  dentro  da  meta  fiscal.
  No  final  de  maio,  a  equipe  econômica  anunciou  o  congelamento  de  31  bilhões  de  reais  no  Orçamento,  sendo  que  a  defesa  foi  a  segunda  pasta  mais  afetada,  com  uma  tesourada  de  2,6  bilhões  de  reais.
  O  maior  receio  entre  os  militares  é  que  a  falta  de  manutenção  comprometa  uma  eventual  pronta  resposta  das  Forças  caso  haja  alguma  crise  ou  catástrofe,  a  exemplo  das  enchentes  do  Rio  Grande  do  Sul.
  Apesar  do  arrocho,  o  Exército  tenta  manter  de  pé  os  planejamentos  feitos  anteriormente.  A  força  almeja  aumentar  os  investimentos  em  equipamentos  e  armas  de  ponta,  como  a  aquisição  de  drones,  mísseis  e  os  12  helicópteros  Black  Hawk  –  a  unidade  custa  150  milhões  de  reais.
  O  orçamento  da  defesa  que  antes  era  de  133  bilhões  de  reais  neste  ano,  é  o  quinto  maior  da  Esplanada.  Apesar  da  vultuosa  cifra,  mais  de  80%  da  verba  é  direcionada  para  o  pagamento  de  pessoal  –  os  gastos  com  militares  da  ativa  e  da  reserva  são  a  mesma  proporção,  de  cerca  de  30  bilhões  para  cada,  e  há  também  os  dispêndios  com  os  pensionistas.
  Por  meio  de  nota,  o  Ministério  da  Defesa  informou  que  “A  referida  contenção  impacta  a  capacidade  operativa  e  de  prontidão  das  Forças  Singulares,  bem  como  o  cumprimento  dos  cronogramas  contratuais  pactuados  no  âmbito  dos  projetos  de  Defesa,  o  que  pode  gerar  novos  custos  decorrentes  de  multas  e  repactuações”.

 
  Por Rede de Notícias | Mendes Junior

 
  fonte>  Veja