Embate jurídico põe em cheque a ampliação do terminal de passageiros do aeroporto de Marília

Ampliação e modernização do terminal de passageiros do aeroporto esbarra em lei municipal
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  A  Rede  Voa,  concessionária  do  aeroporto  Frank  Miloye  Milenkovich  de  Marília,  recorreu  à  justiça  para  questionar  a  lei  municipal  aprovada  em  março  pelo  legislativo  e  sancionada  pelo  prefeito  Vinícius  Camarinha  (PSDB),  que  instituiu  o  tombamento  do  aeroclube  como  patrimônio  cultural  do  município.
  Enquanto  as  atenções  da  aviação  civil  estão  todas  voltadas  para  a  cidade  turística  de  Olímpia,  na  região  de  São  José  do  Rio  Preto,  onde  terá  início  neste  segundo  semestre  a  obra  de  construção  do  maior  aeroporto  do  Estado  de  São  Paulo  e  América  Latina,  O  aeroporto  Internacional  de  Olímpia.
  Em  Marília,  o  embate  jurídico  entre  a  concessionária  do  aeroporto  local  e  o  aeroclube  da  cidade,  impedem  o  início  da  obra  também  prevista  para  este  segundo  semestre,  de  ampliação  do  terminal  de  passageiros  e  do  pátio  de  manobras  de  aeronaves  do  aeroporto  estadual  da  cidade. 

                            

   A  rede  Voa,  concessionária  do  aeroporto,  questiona  na  justiça  a  constitucionalidade  da  lei  municipal,  que  determina  “a  preservação,  conservação  e  proteção  contra  qualquer  intervenção  que  possa  alterar  ou  prejudicar  seus  aspectos  arquitetônicos,  históricos  e  culturais”  e  veda  a  “alienação,  destruição  ou  qualquer  forma  de  descaracterização  do  aeroclube”.
  Proposto  pelo  vereador  Elio  Ajeka  (PP),  o  projeto  de  lei  foi  submetido  à  análise  da  Procuradoria  Jurídica  da  Câmara  Municipal,  que  emitiu  parecer  favorável  à  continuidade  da  tramitação  com  entendimento  diferente  a  da  Rede  Voa,  concessionária  do  aeroporto.

                             
                                                                      Área de Ampliação

  Tanto  a  última  decisão  quanto  a  nova  lei  municipal,  na  prática  atrapalham  a  ocupação  de  toda  a  área  concedida  à  Rede  Voa,  segundo  contrato  de  concessão  firmado  com  o  governo  paulista,  válido  por  30  anos.
  A  Rede  Voa  pede  intervenção  do  governo  paulista  e  da  Agência  de  Transportes  do  Estado  de  São  Paulo  (Artesp),  por  possuírem  “interesse  direto”  na  “  questão  do  tombamento  do  aeroclube  de  Marília”  que,  por  sua  vez,  poderia  “impactar  diretamente  a  concessão”.
 
  
  Por Rede de Notícias | Mendes Junior


  fonte: Marília Notícia