Estados Unidos concede asilo a afrikaners brancos perseguidos na África do Sul

Sul-africanos brancos são acolhidos pelo governo de Donald Trump
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    Um  grupo  de  59  Sul-afrikaners  brancos  chegaram  a  Washington  na  segunda-feira  12,  deste  mês  de  maio,  em  um  avião  que  partiu  de  Joanesburgo,  África  do  Sul.
  Este  é  o  primeiro  grupo  de  afrikaners  a  chegar  nos  Estados  Unidos  como  refugiados.  Em  fevereiro,  Trump  assinou  uma  ordem  executiva  denunciando  supostas  violações  dos  direitos  humanos  contra  pessoas  brancas  na  África  do  Sul,  citando  desapropriações  de  terra  sem  indenização  e  assassinatos  de  brancos  nas  zonas  rurais.

  O  presidente  americano  se  referiu  ao  que  descreveu  como  uma  “matança  em  larga  escala  de  agricultores  brancos”,  um  argumento  respaldado  publicamente  pelo  empresário  Elon  Musk,  nascido  em  Pretória,  África  do  Sul,  que  chegou  a  falar  de  um  genocídio  branco.
  O  governo  sul-africano  rejeita  estas  acusações  e  nega  a  existência  de  perseguição  racial  contra  brancos.  Os  afrikaners,  em  sua  maioria  descendentes  de  colonos  holandeses,  desempenharam  um  papel  central  na  história  do  país,  desde  a  colonização  até  o  regime  do  apartheid.   Durante  séculos,  os  afrikaners  dominaram  a  política  e  a  produção  agrícola  do  país,  especialmente  sob  o  apartheid  (1948-94),  quando  formavam  o  grupo  branco  majoritário  e  o  pilar  ideológico  do  regime.
  Hoje,  eles  representam  pouco  mais  de  5%  da  população  da  África  do  Sul  –  cerca  2,7  milhões  de  pessoas  --,  e  a  maioria  fala  africâner  como  língua  materna.
 
  Por Rede de Notícias | Mendes Junior
 
  fonte:  AFP