Itália aprova lei que restringe acesso à cidadania italiana

Medida afeta 32 milhões de brasileiros descendentes de italianos
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  Câmara  de  Deputados  da  Itália  aprovou,  nesta  terça-feira  (20),  um  projeto  que  restringe  o  acesso  à  cidadania  italiana.  A  proposta  já  havia  sido  validada  pelo  senado  em  15  de  maio.
  A  medida  afeta  cerca  de  32  milhões  de  brasileiros  com  ascendência  italiana  e  que  poderiam  requerer  a  dupla  cidadania.  O  texto,  que  segue  para  sanção  do  presidente  italiano,  Sergio  Mattarella,  confirma  as  mudanças  determinadas  em  um  decreto  do  governo  assinado  em  28  de  março  deste  ano.
  O  Parlamento  tinha  até  o  dia  27  de  maio  para  evitar  que  a  medida  expirasse.  A  nova  lei  restringe  somente  até  netos  de  um  cidadão  nascido  na  Itália,  ou  seja,  que  passou  a  ser  necessário  que,  pelo  menos,  um  dos  pais  ou  avós  sejam  italianos.
  Pela  regra  anterior,  poderia  solicitar  a  cidadania  qualquer  pessoa  que  comprovasse  ter  um  ancestral  italiano  que  viveu  após  17  de  março  de  1861,  data  oficial  da  unificação  da  Itália.  É  o  chamado  princípio  “jus  sanguinis”,  o  “direito  de  sangue”.
  Vale  lembrar  que  as  regras  antigas  continuam  valendo  para  as  pessoas  que  deram  entrada  no  processo  de  cidadania  antes  de  27  de  março  de  2025.
  A  Embaixada  da  Itália  em  Brasília  estima  que  32  milhões  de  descendentes  italianos  vivem  no  Brasil,  o  que  corresponde  a  cerca  de  15%  da  população  brasileira.  É  a  maior  comunidade  de  ítalo-descendentes  vivendo  fora  da  Itália  em  todo  o  mundo.
  De  acordo  com  os  dados  de  fevereiro  de  2023,  730  mil  brasileiros  já  possuem  cidadania  italiana,  o  que  representa  mais  de  10%  dos  cerca  de  6,5  milhões  de  cidadãos  italianos  que  vivem  fora  da  Itália.
 
 
  Por Rede de Notícias | Mendes Junior
 
  Fonte:  Agência Brasil