O Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no Rio de Janeiro, mostram que as pessoas negras continuam sendo a maioria das vítimas de homicídio no país.
Dos 45 mil assassinatos ocorridos em 2023, mais de 35 mil foram de pessoas negras e pardas. Esse número representa mais de 70% dos casos. Noventa e seis são assassinadas por dia, em média, 29,7 homicídios para cada 100 mil habitantes desse grupo populacional.
Em 2023, uma pessoa negra tinha 2,7 vezes mais chances de ser vítima de homicídio do que uma pessoa não negra. Apesar dos números elevados, a pesquisa mostra que esse tipo de crime diminuiu 0.9%, na comparação com 2022.
O estudo também apurou que mais de 21,8 mil jovens de 15 a 29 anos perderam a vida de forma violenta em 2023, uma média de 60 assassinatos por dia. Esses casos representam praticamente a metade (47,8%) de todos os homicídios no Brasil em 2023. Ao todo, 94% das vítimas são homens. Mesmo alto, segundo o estudo, o número de homicídios entre os jovens continua em queda nos últimos sete anos.
Já entre as mulheres, foram registrados mais de 3,9 mil homicídios em 2023, taxa de 3,5 por 100 mil habitantes. O dado é praticamente o mesmo de 2019. Na análise por estados, o estudo mostra que a vida das mulheres sofre mais risco em Roraima, onde a taxa de homicídio feminina, de 10,4 por 100 mil, foi o triplo da brasileira.
A unidade da federação com taxa mais baixa foi São Paulo, com 1,6 assassinato a cada 100 mil habitantes. O estudo analisou a violência praticada contra a população LGBTQIAPN+. Em 2023, os casos de violência contra os homossexuais e bissexuais registrados no sistema de saúde aumentaram 35% em relação ao ano anterior, passando de mais de 14 mil, em 2022, para mais de 19 mil. Já os registros de violência contra pessoas transsexuais e travestis aumentaram 43%, passando de 3,8 mil para 5,5 mil casos.
Em relação aos povos indígenas, a taxa de homicídios foi superior à nacional em 2023: enquanto a média nacional foi de 21,2 por 100 mil habitantes, a de indígenas foi de 22,8, com aumento de 6% em relação a 2022. Em dez anos, no entanto, o Atlas registra que essa taxa apresentou redução de mais de 62%, passando de 62,9 por 100 mil, em 2013, para 23,5, em 2023.
Por Rede de Notícias | Mendes Junior
fonte: Agência Brasil
Dos 45 mil assassinatos ocorridos em 2023, mais de 35 mil foram de pessoas negras e pardas. Esse número representa mais de 70% dos casos. Noventa e seis são assassinadas por dia, em média, 29,7 homicídios para cada 100 mil habitantes desse grupo populacional.
Em 2023, uma pessoa negra tinha 2,7 vezes mais chances de ser vítima de homicídio do que uma pessoa não negra. Apesar dos números elevados, a pesquisa mostra que esse tipo de crime diminuiu 0.9%, na comparação com 2022.
O estudo também apurou que mais de 21,8 mil jovens de 15 a 29 anos perderam a vida de forma violenta em 2023, uma média de 60 assassinatos por dia. Esses casos representam praticamente a metade (47,8%) de todos os homicídios no Brasil em 2023. Ao todo, 94% das vítimas são homens. Mesmo alto, segundo o estudo, o número de homicídios entre os jovens continua em queda nos últimos sete anos.
Já entre as mulheres, foram registrados mais de 3,9 mil homicídios em 2023, taxa de 3,5 por 100 mil habitantes. O dado é praticamente o mesmo de 2019. Na análise por estados, o estudo mostra que a vida das mulheres sofre mais risco em Roraima, onde a taxa de homicídio feminina, de 10,4 por 100 mil, foi o triplo da brasileira.
A unidade da federação com taxa mais baixa foi São Paulo, com 1,6 assassinato a cada 100 mil habitantes. O estudo analisou a violência praticada contra a população LGBTQIAPN+. Em 2023, os casos de violência contra os homossexuais e bissexuais registrados no sistema de saúde aumentaram 35% em relação ao ano anterior, passando de mais de 14 mil, em 2022, para mais de 19 mil. Já os registros de violência contra pessoas transsexuais e travestis aumentaram 43%, passando de 3,8 mil para 5,5 mil casos.
Em relação aos povos indígenas, a taxa de homicídios foi superior à nacional em 2023: enquanto a média nacional foi de 21,2 por 100 mil habitantes, a de indígenas foi de 22,8, com aumento de 6% em relação a 2022. Em dez anos, no entanto, o Atlas registra que essa taxa apresentou redução de mais de 62%, passando de 62,9 por 100 mil, em 2013, para 23,5, em 2023.
Por Rede de Notícias | Mendes Junior
fonte: Agência Brasil